Um grupo de consultores do GCONCI e citricultores de São Paulo participou recentemente de uma Missão Técnica ao estado norte-americano da Flórida. O objetivo da missão foi o intercâmbio e troca de experiências com pesquisadores, consultores e citricultores no combate ao greening, além de verificar como a Flórida vem recuperando seus pomares após a seqüência de furacões de 2004 e 2005.

Durante a visita, o grupo brasileiro verificou que a safra recentemente estimada em 198 milhões de caixas deverá ser cerca de 20% menor, ou seja, algo entre 160 e 170 milhões de caixas. Lideranças citrícolas da Flórida acreditam que a safra de 198 milhões de caixas foi superestimada. Em 10 de outubro a estimativa oficial da safra americana deverá ser divulgada pelo USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Os pomares visitados pelo grupo apresentam uma produção maior este ano, em torno de 15% a 30% em relação à safra anterior, a qual fechou em 131 milhões de caixas, mas ainda deixam a desejar quanto à recuperação das plantas pós-furacões.

Ao mesmo tempo, no estado de São Paulo espera-se da próxima safra uma redução na produção em função dos efeitos da atual estiagem que vem afetando o pegamento dos frutinhos – fase esta que exige muita água. Com as inesperadas chuvas de julho, grande parte dos pomares floresceu de forma antecipada, porém, não houve a continuidade necessária das chuvas para o pegamento da florada.

A redução da produção nas duas principais áreas produtoras da Flórida deverá influenciar os preços do suco concentrado em nível internacional em curto prazo.

Outro fator limitante à produção é o greening, que vem avançando rapidamente. A doença já ocorre em praticamente todo o estado. A região de citros comercial mais afetada é a região sudoeste da península, aonde o combate à doença vem sendo praticado pela maioria dos produtores, mas alguns ainda resistem ao fato da necessidade de erradicar plantas sintomáticas e realizar inspeções periódicas.

Fonte:SaniCitrus