Notícias

Últimas Notícias

Plantações de laranja são atingidas por nova praga

14 de agosto | 2007

Uma nova espécie de broca começa a se espalhar pelas plantações de laranja do Estado de São Paulo. Trata-se de um besouro da família Cerambycidae que já atingiu lavouras em cidades como Itatinga, Taquarituba, Itapira e Coronel Macedo.

O primeiro foco foi registrado em 2000, em Itapira, na região de Campinas. Em 2007, fazendas de Coronel Macedo, perto de Avaré, também constataram a presença do inseto.

“Isso demonstra que a população da praga pode estar aumentando”, diz Laerte Machado, biólogo e pesquisador científico do Instituto Biológico, da Secretaria de Agricultura do Estado.

Ao contrário do que ocorre com outros besouros da mesma família, não há, até o momento, controle químico ou biológico conhecido para a nova broca. Desse modo, a única saída é a retirada dos ramos afetados, que ficam secos e, portanto, param de produzir. O processo, chamado de catação, é manual.

A ação do inseto é nefasta. Ele deixa ovos sobre os galhos da planta. Ao eclodir, as larvas penetram na madeira e fazem cortes.

“Assim, acontece o bloqueio dos vasos que transportam seiva. Em conseqüência, o ramo murcha, seca e os frutos se perdem”, relata Machado.

Há, com isso, redução de cerca de 25% da produtividade. O galho ficará infrutífero para sempre.

O controle da praga é bem dispendioso, avalia-se, pois será necessário mobilizar pessoal para localizar as partes afetadas e retirá-las.

Lourival Mônaco tem 250 mil pés de laranja espalhados em suas fazendas. Na de Coronel Macedo, teve de contratar 28 trabalhadores para a catação. “Em cada passagem pelo pomar, verificamos a perda de dez caixas por hectare”, revela.

O número pode parecer baixo, sobretudo quando se compara com o volume produzido por hectare: 1,5 mil caixas. “O problema é que são dez caixas perdidas a cada catação, que ocorre de 15 em 15 dias”, explica.

Instituto Biológico estuda a novidade
O Instituto Biológico estuda formas para conhecer melhor o besouro responsável pela nova praga que ataca os laranjais. A tarefa inicial visa criar o inseto em laboratório e, assim, analisar profundamente seu organismo.

Em breve devem ser instalados experimentos de campo, provavelmente em Taquarituba. Com isso, os pesquisadores buscarão dados mais precisos sobre os hábitos desse besouro.

Fonte: Bom Dia Rio Preto / Truman Broker