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Produtor rural associado a cooperativa tem renda superior à media nacional
02 de dezembro | 2005
O produtor rural brasileiro associado a uma cooperativa tem renda pessoal e produtividade das áreas cultivadas superiores à média nacional, afirmou hoje (25/11) o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, durante palestra para funcionários e dirigentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Com base em dados do IBGE, Lopes de Freitas disse que os estabelecimentos agropecuários organizados em 1.398 cooperativas representam hoje 41,5% do total da receita do setor agrícola, embora sejam responsáveis por apenas 21,5% da área cultivada e 14,4% do universo dos estabelecimentos do setor rural.
Sessenta por cento desses estabelecimentos têm área de até 100 hectares, 21% menor que dez hectares, 17% acima de cem hectares e somente 2% têm área superior a mil hectares.
Ainda citando dados do IBGE, Márcio Lopes de Freitas disse que a rentabilidade dos estabelecimentos agropecuários vinculados a cooperativas é consideravelmente superior à dos não cooperados. Segundo o IBGE, a rentabilidade média dos estabelecimentos agropecuários do país é de R$ 123,00 por hectares, enquanto o dos associados a cooperativas é de R$ 237,00 e o dos não associados de apenas R$ 92,00 por hectare.
Essa rentabilidade fez com que a renda média do produtor rural associado em cooperativas fosse, em 2004, de R$ 26.783,00 contra apenas R$ 6.433,00 do produtor não associado a cooperativa, uma diferença de R$ 20.350,00, ou seja, o cooperado ganha quatro vezes mais.
Lopes de Freitas explicou que essa vantagem é possível porque o produtor cooperado paga menos por assistência técnicas, serviços especializados e insumos. Além disso, tem gastos menores em operações financeiras nem paga margem de lucro para empresas transnacionais, conjunto de fatores que contribuem para o aumento da sua renda e da produtividade do seu estabelecimento.
Além dos cooperados, os empregados das cooperativas também têm salários superiores aos empregados de estabelecimentos similares não cooperados, ou mercantis. Com base em informações da RAIS (Relação Anual de Informações Salariais), do Ministério do Trabalho e Emprego, Lopes de Freitas disse que os 155 mil empregados das cooperativas agropecuárias ganham duas vezes (2,05) mais nas cooperativas da região Sudeste, quase uma (0,86) vez na região Sul e uma vez e meia (1,49) na região Centro-Oeste.