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Produtores e indústria não entram em acordo

26 de abril | 2006

Representantes da indústria de suco, produtores e políticos não chegaram a um acordo para encerrar a disputa em torno dos valores e condições dos contratos de fornecimento da fruta.

Em reunião ontem (25/4), na sede da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), as quatro grandes indústrias exportadoras – Cutrale, Citrosuco, Coinbra e Citrovita – que se comprometeram a apresentar propostas de reajuste emergencial para a fruta entregue pelos produtores e valores para a renegociação dos contratos vigentes, impuseram condições inviáveis para dar seqüência às discussões. “Foi uma reunião frustrante. Como sempre, a indústria avança e depois tenta recuar. Eles impõem condições inaceitáveis ou inviáveis para os produtores”, diz o presidente da Associtrus, Flávio Viegas que acrescenta que “os produtores estão dando uma trégua para a indústria, mas com prazo, afinal os citricultores precisam ter tranqüilidade com relação aos preços e à colheita que se aproxima”.

Uma das condições impostas pela indústria é que antes do início da renegociação dos contratos seja resolvida a questão que a envolve no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). “Sabemos que a questão entre o Cade e indústria não será resolvida em curto prazo. Não podemos aceitar uma imposição como esta para darmos seqüência à renegociação dos contratos”, diz Viegas.

Representantes do governo também aguardam uma proposta mais construtiva por parte da indústria para que os conflitos entre produtores e processadores diminuam e a questão jurídica das negociações seja reduzida.

Um nova reunião está agendada para 8 de maio, às 9h, na sede da Faesp, em São Paulo.

Citricultor – A Associtrus programa uma reunião com os citricultores, dia 5 de maio, em Bebedouro, com o objetivo de prestar informações sobre o andamento das negociações com a indústria.