A estiagem prejudica a colheita da laranja em São Paulo. Se a chuva não voltar, a próxima safra também enfrentará problemas.

As folhas murchas das laranjeiras são o primeiro indício da falta de água.

Com um olhar um pouco mais atento percebe-se embaixo das plantas outro efeito da seca: os frutos na fase inicial de desenvolvimento, conhecidos como chumbinhos, estão caindo.

A última florada não está vingando por conta da estiagem. Na fazenda de 140 mil pés de laranja para mesa, em Sorocaba, não chove para valer desde julho e o prejuízo para a próxima safra já é certo. “Se chover uns 30, 40 milímetros, a planta ainda segura, mas se chover pouco vai cair quase tudo”, diz a administradora da fazenda Neuza Frandina.

Os pomares em fase de colheita também são prejudicados pela seca. Tem muita laranja caída embaixo dos pés. E os frutos que ainda permanecem nos pés estão murchando, perdendo suco.

Dependendo da variedade, os frutos da fase de colheita também não se desenvolveram como deveriam. Laranja pequena não tem mercado como fruta de mesa, por isso ganha outro destino. “Nós estamos mandando para a indústria, que paga muito pouco. O mercado paga R$ 20,00 pela caixa de 20 quilos, enquanto a indústria paga R$ 9,00 a caixa de 40 quilos”, calcula a gerente de produção Regina Martins.

Fonte: Globo Rural