O primeiro encontro de 2008 entre o secretário da Agricultura, João Sampaio Filho, e representantes do setor citrícola foi marcado por discussões técnicas. A criação de seguro contra  greening e  cancro cítrico e de novas linhas de financiamento pelo BNDES para garantir a renovação dos pomares e o trabalho realizado pelos técnicos da Secretaria, da FGV, do Cepea do IEA e da Apta Citrus com vistas ao levantamento de custos de produção e demais questões mercadológicas contaram da pauta. “A proposta é de que o seguro contra doenças possa garantir a ampliação do subsídio do governo no prêmio do seguro. Ainda não há nada de concreto, porque, por enquanto nos foi apresentado apenas um esboço”, diz o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.

As normas e regulamentações de padrões de qualidade de sucos de fruta também foram discutidas. “Queremos saber o que é realmente suco, afinal há muitos produtos que não são suco de fruta mas trazem em suas embalagens o nome de suco”, observa Viegas.

O trabalho de levantamento de custos objetiva esclarecer questões que, há tempos, dividem a cadeia produtiva. “Precisamos de informações claras e idôneas a respeito do custo de produção do produtor e da indústria, de mercado, enfim, dados gerais sobre o setor e que possam restabelecer a harmonia na cadeia como um todo”, diz Viegas.

A boa convivência entre produtores e indústrias foi lembrada pelo secretário João Sampaio ao expressar a necessidade dos representantes dos dois setores criarem uma chapa harmônica no Fundecitrus. “O secretário disse que espera contar com o bom senso de todos para que esta chapa seja formada”, diz Renato Queiroz, presidente do Conselho da Associtrus.

Representante da Cutrale atentou para a desoneração de impostos do setor produtivo e industrial e para a importância da criação de uma lei que possibilite que uma porcentagem de alguns impostos sejam revertidos para o produtor. “Segundo o executivo da Cutrale, eles farão de tudo para comprar o ICM do produtor com 0 de deságio”, finaliza Renato.

A reunião contou com a presença de representantes da Associtrus, das indústrias, da Coopercitrus, da Fiesp, da Frente Parlamentar em Defesa da Citricultura, do IEA, do Cepea, da FGV, da Apta Citrus, do Fundecitrus e da Faesp.

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