João Sampaio Filho pretende avançar nas discussões que objetivam harmonizar as relações entre produtores e indústrias

Ontem (15), o secretário de Agricultura de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho, reuniu-se com produtores de laranja para avançar nas discussões que objetivam estabelecer novas relações entre produtores e indústrias. No último dia 6, o secretário já havia se reunido com as indústrias de suco para discutir questões de defesa sanitária, acesso a mercados e criação de um contrato padrão de compra e venda de laranja.
O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, participou do encontro que deu início a novas discussões sobre a longa e complexa pauta do setor produtivo. “Nossa pauta é complexa porque, desde o ano 2000, acumulamos exigências que, ao longo de diversas tentativas de negociações, não foram atendidas. Temos esperança de que, com a interferência do secretário João Sampaio, nossas reuniões tenham condições de avançar para uma solução concreta para o setor citrícola”, observa Viegas.
As questões que envolvem a defesa sanitária ocuparam grande parte da reunião. Sampaio falou sobre a importância do Fundecitrus e da colaboração dos produtores que, se não cumprirem as exigências sanitárias para combater o greening e outras pragas, serão multados. “Aproveitamos para demonstrar ao secretário nossa insatisfação com o Fundecitrus, principalmente por sua falta de transparência. Fomos informados por conselheiros do Fundo que, em março de 2008, haverá nova eleição e que, a partir daí, o estatuto será implementado, dando mais democracia e transparência ao Fundecitrus. Infelizmente, ainda não fomos informados oficialmente sobre isto”, diz Viegas.
As dúvidas da Associtrus quanto ao cumprimento de um acordo pela indústria são pertinentes. “Eles nunca cumprem o que é acertado. O acordo que assinaram com a Faesp e o governo, no ano passado, não está sendo cumprido”, informa Viegas que, no dia 3 de agosto, reuniu produtores em Bebedouro para orientá-los nas negociações com as indústrias.
Para o secretário a reunião foi frutífera e o objetivo agora é estabelecer prazos para que o setor avance rumo a um acordo, principalmente no que se refere aos contratos.