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Semana da Citricultura em SP foca julgamento de processo trabalhista

06 de junho | 2014

05 de Junho de 2014 | atualizado em 05/06/2014

Debate desta quinta-feira (5/5) foi focado no julgamento do processo previsto no Tribunal Superior do Trabalho (TST)

O processo judicial que definirá se caberá à indústria de suco ou aos citricultores plantar, cultivar e colher as laranjas de quaisquer pomares centralizou o debate na manhã desta quinta-feira (5/5) na Semana da Citricultura, em Cordeirópolis, interior paulista.

Ao contrário dos anos anteriores, quando a discussão sobre os preços pagos pela indústria foi tema principal do debate sobre economia, o debate hoje foi focado no julgamento do processo ainda previsto no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, criticou a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus) e afirmou que a entidade defendeu a ação iniciada na Justiça do Trabalho de Matão (SP). “A Associtrus desejava que a ação fosse mantida, obrigando o plantio, colheita, cultivo” às indústrias. “Não existe a menor possibilidade de a indústria fazer a colheita em todas as propriedades”, completou.

Já o presidente da Associtrus, Flávio Viegas, afirmou que houve uma “imprecisão” na fala do diretor executivo da CitrusBR e citou que a “colheita da laranja foi feita pela indústria de 1960 a 1995, quando as companhias, em retaliação aos citricultores pela ação de cartelização, transferiu aos produtores a colheita”, disse.

Viegas afirmou que defende que a colheita seja feita pelas indústrias, mas que os tratos culturais e o plantio sejam mantidos pelo produtor. “Hoje a indústria é concorrente, retarda a colheita, tem preferência na entrada da fábrica e amplia os custos aos produtores”, afirmou.

O presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio dos Santos, presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga (SP), direcionou as críticas à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), entidade à qual é filiado.

Santos criticou o fato de a Faesp ter recorrido da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que determinava, na criação do Consecitrus, a inclusão da Sociedade Rural Brasileira (SRB), o que travou a criação do conselho.

“Essa posição da Faesp atravancou o Consecitrus, por puro jogo de poder. Como presidente de sindicato, não fui consultado e nem as bases foram ouvidas. A associação faz embargo apenas pela disputa do poder lá dentro”, concluiu.

Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/Laranja/noticia/2014/06/semana-da-citricultura-em-sp-foca-julgamento-de-processo-trabalhista.html