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São Paulo retoma Câmara Setorial de Citrus, paralisada há 14 anos
27 de outubro | 2014
Governo estadual anunciou ativação da entidade nesta quinta, dia 23; representantes do setor estão animados com novo espaço para discussões.
A concentração da citricultura paulista nas mãos de poucos produtores deve ser prioridade, entre as discussões
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo reuniu nesta quinta, dia 23, toda a cadeia produtiva da laranja para a retomada da Câmara Setorial de Citrus. As atividades da entidade estão paralisadas há 14 anos.
Entre as primeiras medidas está apoiar a criação e a execução de políticas públicas voltadas à citricultura paulista.
– Essa Câmara foi criada em 1997 e atuou de forma ativa até o ano 2000. Foi por meio de um pedido da Assembleia Legislativa que retomamos. Fiquei muito feliz em ver a sala cheia, com todos os elos da cadeia produtiva. A possibilidade de discutir em profundidade a citricultura paulista – comemora Monika Bergamaschi, secretária de Agricultura do Estado.
Para Julio Ayres, da Fundecitrus, a câmara tem um papel importante do ponto de vista econômico e fitossanitário. Para eleger os problemas de forma conjunta e inteligente, com a coordenação da Secretaria da Agricultura. Também para a Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), que faz parte da diretoria do Consecitrus, com direito a voto e voz, a criação da câmara setorial vai tornar a discussão do Conselho ainda mais abrangente.
– A Associtrus considera a câmara algo fundamental para a equalização das forças da cadeia citrícola. Todos têm que ganhar igual, e hoje tem uma força muito grande, por conta de três indústrias. Os produtores se sentem pressionados a sair da citricultura, e vender para qualquer uma das três, que acabam não pagando o preço justo – destaca Renato Toledo de Queiroz, presidente do conselho da Associtrus.
A concentração da citricultura paulista nas mãos de poucos produtores deve ser prioridade.
– Além de serem grandes indústrias, que consomem 95% da fruta para suco, elas hoje possuem 60% de produção própria. Essa força astronômica, não equilibrada, faz com que o produtor seja importante quando faltam frutas. Isso é muito ruim para cadeia. Precisa de uma força para que pequenas indústrias se consolidassem – afirma Queiroz.
O representantes da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM) Emilio Cesar Favero foi eleito para coordenar as atividades da câmara. Ele ocupará o cargo por um ano.
Fonte: Canal Rural | 23 de Outubro de 2014