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Tendência de alta com queda na safra de laranja da Flórida

23 de outubro | 2007

Os produtores de laranja de São Paulo estão otimistas com os próximos contratos com a indústria de suco. O motivo é a queda na estimativa da safra da Flórida, nos Estados Unidos, segunda maior região produtora da fruta no mundo, atrás apenas de São Paulo. Com a redução na colheita norte-americana, os citricultores e também as indústrias de suco paulistas podem melhorar o valor das negociações. A previsão é que a safra da Flórida seja de 168 milhões de caixas de laranja, uma redução de 16%. São Paulo é o maior produtor do País (79,7% da produção total) e a colheita deste ano no Estado deve ser de 352,1 milhões de caixas. Deste total, 62% são produzidos nas regiões de Campinas, Central e de Ribeirão Preto, mas somente 30% são destinados ao mercado interno. A maior parte é transformada em suco para a exportação. Depois de divulgada a queda na estimativa da safra norte-americana, o preço do suco concentrado no mercado internacional começou a subir. Para os contratos mais negociados, os de novembro, a alta já é de aproximadamente 10%. Os contratos que estão vencendo agora deverão ser renegociados em bases bem superiores, pela quebra da produção da Flórida e pelo problema da seca e das doenças no Estado de São Paulo. Os preços serão melhores para os produtores nos próximos anos. Esta é a expectativa do produtor Nivaldo Castanharo, cujo contrato com uma indústria de suco de laranja vence este ano. Quando assinou o contrato, em 2005, o dólar tinha um valor maior. Mas com o real se fortalecendo, o lucro caiu até se transformar em prejuízo. Agora, ele espera um reajuste por causa da possível falta da fruta. Pode ocorrer uma melhoria nas próximas negociações e nos próximos contratos a serem fechados, segundo ele. A cada dez copos de sucos de laranja consumidos no planeta, três são de uma empresa de Araraquara, líder mundial no setor. Com menor oferta da fruta nos Estados Unidos, é grande a expectativa de aumento de exportação. Isso vai permitir que haja uma reativação do mercado, que ficou paralisado nas últimas semanas aguardando justamente a confirmação desta estimativa, segundo José Luiz Cervato, diretor-administrativo da Cutrale. Apesar das boas notícias, os produtores de laranja ainda estão preocupados com a estiagem. Por causa da falta de chuva, o início do envio da próxima safra 2008/2009 para indústria pode ser adiado em até três meses.


Fonte: EPTV Ribeirão Preto.