Preços do suco têm forte alta

17/08/2006
A divulgação de uma estimativa mais pessimista do que esperava o mercado para a produção de laranja da Flórida na atual temporada motivou a disparada das cotações do suco ontem na bolsa de Nova York. Os contratos futuros com vencimento em setembro subiram 510 pontos e fecharam a US$ 1,7760 por libra-peso, ao passo que os papéis para entrega em novembro encerraram o dia a US$ 1,7980, alta de 605 pontos. Segundo a respeitada analista Elizabeth Steger, o Estado americano colherá 123 milhões de caixas de 40,8 quilos da fruta nesta safra. Na última sexta-feira, outra aguardada projeção, a do grupo Louis Dreyfus, calculou a produção em 160 milhões de caixas, com margem de erro de 5% para cima ou para baixo. De acordo com traders, o salto dos preços poderia ter sido até maior, não fosse um movimento de realização de lucros no fim da sessão. Se a estimativa de Steger se confirmar, o Brasil certamente será ainda mais beneficiado - como já vem sendo, justamente pelos problemas de oferta na Flórida, provocados por danos causados pela passagem de furacões. O país domina as exportações mundiais de suco e tem nos EUA, em condições normais, como único competidor. Com a crise na Flórida, as exportações brasileiras do produto seguem em alta. Em julho, primeiro mês do ano industrial 2006/07 no Brasil, os embarques do país somaram 93.199 toneladas, 7,7% mais que no mesmo mês de 2005, segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus). Para os países do Acordo de Livre Comércio das Américas (Nafta), onde os EUA são o principal mercado, as vendas cresceram 290,3% em igual comparação, para 25.072 mil toneladas. Ainda assim a União Européia permaneceu como principal destino das exportações, com compras de 45.180 toneladas em julho - queda de 11,2%. (Crédito – Valor Econômico – on line)