Renegociação de preços, fortalecimento do mercado interno e combate a pragas e doenças estão entre as questões imediatas

 

A renegociação imediata do preço pago pela caixa de laranja; a divulgação de indicadores de mercado como estimativa de safra, planilhas de custos e levantamento de preços; alterações que objetivem dar maior transparência ao Fundecitrus; e fortalecimento do mercado de consumo interno são algumas das sugestões propostas pelos citricultores ontem (29), na primeira reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Citricultura, em Bebedouro. “Vou me reunir com os demais parlamentares da Frente, em São Paulo, apresentar as sugestões dos produtores e definir os próximos passos. De imediato, entraremos em contato com a Secretaria de Agricultura, que vem conduzindo negociações entre indústrias e produtores, para que juntos possamos reforçar este trabalho atendendo, principalmente, as reivindicações dos produtores, centradas no reajuste dos preços pagos pela fruta”, diz o deputado Davi Zaia (PPS), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Citricultura.

O combate às pragas e doenças também ganhará atenção especial da Frente. “Todas as questões levantadas pelos produtores terão seqüência. Vamos estudar medidas que possam ser discutidas e viabilizadas para melhorar o setor. Temos que atuar fortemente no combate às pragas junto aos institutos de pesquisa e ver a possibilidade e ampliar os recursos destinados às pesquisas”, observou o deputado.

O presidente do Sistema Coopercitrus/Credicitrus, Leopoldo Pinto Uchôa, observou que a citricultura é um setor que foge às regras de mercado, daí a necessidade de uma atenção especial por parte do governo. “O maior problema da laranja é o cartel. Se o governo não incluir a laranja num preço mínimo, dificilmente vamos conseguir fazer com que o setor reaja. Os contratos com as indústrias são leoninos e deixam os produtores amarrados”. A participação do citricultor e o apoio aos parlamentares que defendem o setor também foi lembrada. “Os produtores precisam prestigiar os políticos vinculados à citricultura. Vejo com muita satisfação este novo movimento e tenho esperanças de que ele resolva grande parte dos problemas do setor”, diz Leopoldo.

O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, reforçou a importância da presença do citricultor nas negociações. “O deputado ficou conosco em Bebedouro o dia todo. Ele está muito empenhado em agilizar o andamento das questões apresentadas, mas o produtor é fundamental neste processo. O deputado precisa do apoio e da presença do produtor para ter entusiasmo para continuar este trabalho”, finaliza Viegas