Prazo dado para indústria vai até dia 29

22/05/2006
Momento é de união e prudência. Produtores devem aguardar posicionamento da Associtrus antes de ceder às investidas da indústria. A Associtrus luta por uma repactuação dos preços da caixa de laranja e pela implantação do Consecitrus para regular, nas safras futuras, as relações entre produtores e indústrias. O prazo dado às indústrias referente à renegociação dos contratos vigentes vai até dia 29, atendendo pedido do senador Aloísio Mercadante, que agendou uma última tentativa de acordo entre indústrias e produtores. A indústria vem condicionando as negociações de reajuste nos preços da caixa com base nas investigações do CADE, mas tal condição não depende dos citricultores e sim do governo, que vem tentando articular a reemissão do CCP (Compromisso de Cessação de Práticas) com vistas a interromper a prática investigada dentro de um prazo estabelecido. O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, ressalta que o momento é de união e luta. “Não concordamos com a condição imposta pela indústria, principalmente, agora. A indústria pode pagar um preço justo pela caixa de laranja e remunerar adequadamente o produtor”. Aguarde o resultado da reunião do dia 29, antes de tomar qualquer decisão ou assinar qualquer contrato. Dia 2 de junho, às 14h, na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro, apresentaremos aos citricultores, os resultados das negociações e definiremos nossas próximas ações. Encargos trabalhistas – A Associtrus alerta os produtores quanto ao cumprimento, por lei, da NR 31 (Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho) já a partir desta safra. A norma implica em gastos com equipamentos de segurança utilizados na colheita. A fiscalização está a cargo da Secretaria e da Procuradoria do Trabalho e o não cumprimento da lei implicará em multas altíssimas. Alguns condomínios já foram multados em R$ 100 mil. O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, observa a importância da união dos produtores para que as indústrias assumam a responsabilidade pela colheita. “Não podemos arcar com os custos das exigências da NR 31. A indústria tem condições de pagar a colheita, por isso precisamos nos unir e pressionar para que elas assumam esta responsabilidade”.