Empresário rural e advogado, ele deixa um legado de amor ao trabalho, à família e à união. Apaixonado pela citricultura, foi fundador da Associtrus, do Fundecitrus e da Coopercitrus.

A citricultura paulista se despede, com enorme tristeza, de Carlos Eduardo Prudente Corrêa, aos 88 anos. Viúvo de Maria José Perrone Prudente Corrêa, o corpo do advogado e empresário rural foi cremado na tarde do último dia 10 de janeiro de 2025 (sábado), em Ribeirão Preto, cidade em que residia.

Natural de Campinas, nascido em 12 de março de 1936, Carlos Eduardo Prudente Corrêa era formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e citricultor desde 1956, na região de Terra Roxa (SP).

Foi um dos produtores de citros pioneiros da região a acreditar que  tecnologia e pesquisa científica eram fundamentais para o sucesso da atividade, acreditando profundamente no associativismo e no cooperativismo.

Foi fundador, em 1974, e o primeiro presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), por dois mandatos consecutivos. “Carlos Prudente Corrêa teve a percepção das importantes mudanças que estavam ocorrendo no agronegócio brasileiro e da necessidade da organização dos produtores para enfrentar os desafios previstos por ele”, recorda-se o atual presidente da Associação, Flávio Viegas.

Na Associtrus, juntamente com o Ministério da Agricultura, CANECC (Campanha Nacional de Erradicação do Cancro Cítrico), FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e Produtores e Indústrias Cítricas fundou, em 1977, o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), para combate e controle do cancro cítrico no Estado. Ele também foi diretor, secretário e fundador da Coopercitrus Industrial/FRUTESP.

Sempre atento e à frente de seu tempo, Carlos Eduardo Prudente Corrêa foi também um dos membros fundadores da FUPAB (Fundação de Pesquisas Agroindustriais de Bebedouro), sendo seu presidente de 1987 a 2006, tornando-se um dos grandes líderes e incentivadores da EECB (Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro).

Foi um dos responsáveis pela solicitação ao Governo do Estado por uma propriedade que pertence à antiga FEPASA (Ferrovia Paulista S.A) para a instalação da EECB, em 1982.

Foi conselheiro de administração da Coopercitrus por 3 mandatos e fundador e diretor da Coopercitrus Industrial, responsável pela compra da FRUTESP S/A com sede industrial em Bebedouro.

Foto: Arquivos da Família