07/01/2009
O alto volume dos estoques dos produtores norte-americanos - principais correntes do Brasil no mercado internacional - estimados em 438 mil toneladas de suco concentrado (FCOJ), foi o principal fator de press?o sobre a cota??o da commodity que em janeiro era cotada a US$ 2 mil por tonelada e termina o ano pr?xima a US$ 1 mil por tonelada. "Apesar de o principal mercado paulista ser o europeu e n?o o norte-americano, essa queda nos valores do suco aliada ? crise financeira mundial acabam influenciando tamb?m engarrafadores europeus a pressionarem o valor da fruta", afirmou Mayra Monteiro Viana, analista de mercado de citros do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea). Na Europa, a cota??o do suco de laranja concentrado tamb?m registrou retra??o, ainda que mais moderada. Os pre?os chegaram a recuar de US$ 2,1 mil por tonelada em janeiro para US$ 1,7 mil por tonelada em novembro.
Os estoques de concentrado congelado de suco de laranja dispararam no ?ltimo m?s, elevando-se em 84% comparado ao mesmo per?odo de 2007, segundo informa?es do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. "Vamos ter um excedente, uma superoferta", disse James Cordier, fundador da OPtionSellers.com de Tampa, no Estado norte-americano da Fl?rida. "O varejo fez muito pouco para estimular a demanda norte-americana". "O crescimento do desemprego ? terr?vel para os pre?os do suco de laranja", disse Cordier. "Estamos esperando uma melhoria da economia. Essa ? a ?nica coisa que pode estimular a demanda por suco de laranja". As vendas no varejo ca?ram 1,7% nos Estados Unidos, para 47,34 milh?es de gal?es (de 3,785 litros) no per?odo de quatro semanas at? 22 de novembro, segundo os dados mais recentes da ACNielsen postados no site do Departamento de Frutas C?tricas da Fl?rida.
Estudo realizado pelo Cepea revela que, na safra atual, a diferen?a nos pre?os recebidos por citricultores atrav?s de contratos com ind?strias paulistas apresentou significativa disparidade. O intervalo dos valores referentes a contratos antigos, renegociados e novos, ficaram, em m?dia, entre US$ 2,90 a US$ 7 a caixa de 40,8 kg - considerando o d?lar a R$ 2 para a convers?o dos contratos efetivados. Os produtores de forma geral tamb?m n?o dever?o se beneficiar da valoriza??o do d?lar ante o real nas negocia?es da safra atual. Isso porque muitos passaram a fixar contratos em moeda nacional.
Os produtores de laranja brasileiros esperam que 2009 seja mais favor?vel do que o ano passado, quando os pre?os do produto ca?ram 50% e o greening atingiu os pomares.
(Fonte: DCI)
