05/01/2006
S?o Paulo - Os pre?os de apenas cinco produtos agr?colas subiram em 2005, segundo levantamento do Instituto de Economia Agr?cola (IEA) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de S?o Paulo. Mesmo assim, o peso de algumas dessas mercadorias na economia do setor levou a uma alta do ?ndice de pre?os recebidos pelos agricultores (IPR) de 7,39% no ano. Ao contr?rio do que ocorreu nos anos anteriores, S?o Paulo foi o estado que mais se beneficiou das varia?es de pre?os ocorridas no ano passado. As cota?es favoreceram os principais produtos da agricultura paulista, como cana, caf? e laranja. Em 2005, o pre?o pago ao citricultor pela caixa de laranja aumentou 39,77%, a cana de a?car 14,86% e o caf?, embora tenha terminado o ano com queda de 7,84%, manteve-se em n?veis m?dios acima dos valores de comercializa??o dos anos anteriores, afirmou Amaryllis Romano, da Tend?ncias Consultoria. "Se n?o tivessem ocorrido os focos de aftosa e a conseq?ente queda dos pre?os e das exporta?es de carne, o ?ndice dos pre?os ao agricultor paulista seria ainda maior", afirmou a consultora. Amaryllis lembra, por?m, que o agricultor de S?o Paulo s? est? desfrutando desse bom momento porque teve capacidade financeira para superar um per?odo prolongado de adversidades. Outros tr?s produtos agr?colas tiveram alta expressiva no ano passado: batata (104,55%), cebola (25%), tomate (14,29%). Embora sejam ingredientes b?sicos na dieta da popula??o, n?o t?m o mesmo peso na forma??o de renda. A cana-de-a?car, ao contr?rio, dever? ganhar cada vez mais import?ncia na economia agr?cola paulista. Amaryllis lembra que todos fatores de mercado favorecem a valoriza??o do produto. A procura cada vez maior pelo ?lcool combust?vel nos mercados interno e externo e a valoriza??o quase certa do a?car no mercado internacional, influenciada pela decis?o da Organiza??o Mundial do Com?rcio (OMC) de considerar ilegais as exporta?es subsidiadas de a?car refinado pelos pa?ses que integram a Uni?o Europ?ia (UE) dever?o garantir a alta dos pre?os pagos aos plantadores de cana. O mesmo ocorre com a produ??o de laranja e o caf?. Fen?menos clim?ticos como os furac?es que prejudicaram os pomares da Fl?rida (EUA) asseguraram bons pre?os ao produto brasileiro. A queda da produ??o mundial do caf?, por causa do per?odo prolongado de pre?os baixos do produto, tamb?m asseguram boa receita a curto e m?dio prazos. (Cr?dito: Isabel Dias de Aguiar - Gazeta Mercantil)