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Fuso cria lder mundial do suco de laranja

17/05/2010
Citrosuco e Citrovita juntas criam neg?cio de R$ 2 bi, respons?vel por 25% do consumo no mundo, e superam Cutrale

Grupos Fischer e Votorantim ter?o 50% cada um da nova empresa; em crise, consumo do suco da fruta caiu 18,5% no mundo nos ?ltimos seis anos

MARIANA BARBOSA
DA REPORTAGEM LOCAL

Citrosuco e Citrovita decidiram unir suas opera?es em um neg?cio que cria a maior exportadora de suco de laranja do mundo. Juntas, ser?o respons?veis por quase 25% do consumo global.

Atualmente a segunda e a terceira maior exportadora do setor no mundo, unidas ficam na frente da Cutrale, que manteve a lideran?a ao longo dos ?ltimos 30 anos.

A nova empresa deve faturar R$ 2 bilh?es neste ano. A produ??o, para a pr?xima safra, ? estimada em 600 mil toneladas de suco concentrado.

A Cutrale prev? para 2010 um faturamento de R$ 1,26 bilh?o, com uma produ??o de 400 mil toneladas de suco. O Brasil produz 1,2 milh?o de toneladas de suco, mas quase tudo ? exportado. O consumo dom?stico ? de 35 mil toneladas.

Os grupos Fischer, dono da Citrosuco, e Votorantim, dono da Citrovita, ter?o 50% cada um da nova empresa. Os valores envolvidos na transa??o n?o foram divulgados.

"Estamos vivendo um momento de consolida??o acelerada no setor, com menos companhias, mas com companhias mais fortes", disse o presidente da Citrosuco, Tales Lemos Cubero, que vai presidir a nova companhia.

O neg?cio acontece em um momento de crise para a laranja, que enfrenta a concorr?ncia de outras bebidas. O consumo mundial do suco da fruta caiu 18,5% desde 2003. De 2,7 milh?es de toneladas para 2,2 milh?es de toneladas.

"Hoje a laranja compete com energ?ticos, ?gua de coco, ch?s e com o suco de outras frutas", disse Cubero. "A uni?o vai nos dar mais efici?ncia e competitividade, nos permitindo fazer frente a essa concorr?ncia."

Apesar da queda no consumo, a redu??o da oferta devido ? quebra de safra no Brasil e na Fl?rida, tem levado a um aumento no pre?o da commodity A caixa da laranja hoje vale algo como US$ 7, ante US$ 3 h? um ano.

Para Maur?cio Mendes, presidente da Agra FNP e consultor do Gconci, grupo de consultores independentes em c?trus, a uni?o de Citrosuco e Citrovita ? uma das mais importantes consolida?es da hist?ria do setor. "Os Estados Unidos j? chegaram a ter 40 ind?strias e hoje s?o apenas seis, incluindo as tr?s grandes brasileiras."

"? um movimento reativo a essa diminui??o do n?mero de companhias", completou o consultor, que acredita que a Cutrale n?o deve ficar quieta diante do movimento da concorr?ncia. "Mas n?o sobraram muitas empresas de porte. No Brasil, s? tem a Dreyfus [multinacional francesa, quarta maior exportadora]."

A opera??o depende de aprova??o do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica) e de ?rg?os antitruste no exterior. Mario Bavaresco Junior, presidente da Citrovita, n?o v? raz?o t?cnica para o Cade n?o aprovar.

"Nosso objetivo ? fortalecer uma empresa brasileira para fazer frente ? competi??o nacional", disse o executivo, que ser? o diretor-geral da nova empresa. "O aumento da efici?ncia nos d? mais competitividade e isso beneficia toda a cadeia produtiva."

Na avalia??o de Cubero, as investiga?es de cartel envolvendo o setor da laranja n?o devem interferir na decis?o do Cade. "S?o coisas independentes. A investiga??o se refere a eventos de dez anos atr?s."

A nova companhia ter? 7 f?bricas e 64 mil hectares de pomares pr?prios, que respondem por 30% do processamento total. O resto ? adquirido de mais de 2.500 produtores.

Neg?cio depende de aval de ?rg?o do governo
LORENNA RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRAS?LIA

A fus?o da Citrosuco e da Citrovita, que criar? a maior produtora mundial de suco de laranja, ter? que ser avaliada pelos ?rg?os brasileiros de defesa da concorr?ncia.

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica) n?o foi notificado da opera??o. As empresas t?m 15 dias para apresentar o neg?cio ao ?rg?o.

As duas empresas s?o investigadas pela SDE (Secretaria de Direito Econ?mico), do Minist?rio da Justi?a, por suposta forma??o de cartel em processo iniciado em 1999. Segundo a Folha apurou, a investiga??o est? em fase de conclus?o e dever? ser enviada ao Cade, que julgar? o caso neste semestre.

Al?m de Citrosuco e Citrovita, s?o investigadas empresas como Cutrale e grupo Montecitrus, al?m da Abecitrus (que re?ne exportadores de c?tricos) e de diretores das empresas.

No m?s passado, a Folha publicou den?ncia do ex-empres?rio Dino Tofini, 72, antigo dono da CTM Citrus, revelando a suposta exist?ncia do cartel. Antes da publica??o, a reportagem procurou as empresas Cutrale, Cargill e Citrovita, que informaram que as investiga?es estavam sub judice e que n?o se pronunciariam. Em outras ocasi?es, as companhias negaram o cartel.

Em 2006, o Minist?rio P?blico e a Pol?cia Federal apreenderam documentos das empresas.

Naquele ano, por?m, as fabricantes conseguiram liminares para que que os documentos fossem lacrados, o que contribuiu para a demora na investiga??o. S? no final do ano passado a SDE conseguiu derrubar as liminares e ter acesso aos documentos.

Ainda em 2006, as investigadas ofereceram ao Cade o pagamento de R$ 100 milh?es em troca de acordo para encerrar o processo. Na ?poca, por?m, a legisla??o n?o permitia a assinatura de termos de compromisso em caso de cartel, e o conselho negou o acordo.

Em 2007, por?m, o Congresso Nacional aprovou lei permitindo a assinatura de acordos nesse tipo de investiga??o, mas n?o houve nova negocia??o.

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