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A identidade do agronegcio

26/05/2010
Jo?o Guilherme Sabino Ometto

O que significa contribuir majoritariamente para as exporta?es de um pa?s? Qual sensa??o nos desperta o fato de sermos cada vez mais reconhecidos, em especial neste per?odo p?s-crise, como uma das mais eficientes, competitivas e competentes economias?

O que significa contribuir majoritariamente para as exporta?es de um pa?s? Qual sensa??o nos desperta o fato de sermos cada vez mais reconhecidos, em especial neste per?odo p?s-crise, como uma das mais eficientes, competitivas e competentes economias? E mais: que essa competitividade pode ser ampliada e potencializada com preserva??o, contribuindo para a redu??o das emiss?es globais de gases de efeito estufa, por meio de pr?ticas conservacionistas e tecnologia de ponta.

Certamente, os sentimentos relativos aos est?mulos advindos dessas manifesta?es externas e dos organismos multilaterais v?o do orgulho ? admira??o e passam pela valoriza??o da identidade nacional. Entretanto, ? no m?nimo curioso observar que o agroneg?cio brasileiro, protagonista da admirada performance de nossa economia, n?o tenha semelhante reconhecimento da pr?pria sociedade do pa?s, em especial a popula??o das grandes cidades.

Tal fen?meno, quase uma ironia, talvez se deva ao fato de o setor ter-se acostumado a falar em n?meros, mas cometendo o pecado de n?o os traduzir publicamente de maneira clara: 27% do PIB nacional, 37% dos empregos existentes em todo o Brasil, 42% das exporta?es, 215 mercados conquistados, terceiro exportador mundial, 84% de ganho de produtividade na soja desde o in?cio da d?cada de 90, 122% no milho, 950% de crescimento das exporta?es de carne de frango no mesmo per?odo, mais de 80 milh?es de toneladas de di?xido de carbono retirados da atmosfera desde o in?cio da produ??o dos carros flex, em 2003...

Tudo isso impressiona, sem d?vida, mas n?o parece ser suficiente para estabelecer uma conex?o com o cotidiano das pessoas. Tal descompasso reflete grave falta de comunica??o, amplificada pela conota??o quase pejorativa dada ao termo agroneg?cio, importado ao Brasil desde a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por lideran?as como Roberto Rodrigues e Ney Bittencourt de Ara?jo, com um intuito nobre e importante: demonstrar a interdepend?ncia dos elos que comp?em o setor, de maneira a potencializar a atividade e melhorar os processos da gest?o e qualidade, com benef?cios a todos.

Atualmente, como seria poss?vel, sem uma vis?o sist?mica, cumprir as exig?ncias de um consumidor, a cada dia mais informado, que quer saber com precis?o como o alimento levado ? sua mesa foi produzido e quais as pr?ticas utilizadas? O termo trouxe organiza??o, articula??o e ganhos de diversas naturezas, mas ? equivocado no modo de interagir com a sociedade, como se fosse um neg?cio ? parte e n?o a pr?pria economia brasileira, atualmente t?o festejada. At? porque, por tr?s da agricultura brasileira h? muito investimento em pesquisa, tecnologia, capacita??o profissional, respeito ao meio ambiente e, acima de tudo, h? a consci?ncia de que o alimento ? importante para a vida. Prova disso, s? para dar dois exemplos, est? nas cadeias produtivas que vai do algod?o ? camiseta, e da carne e do leite que integram a seguran?a alimentar.

Al?m disso, ? muito poss?vel que o pr?prio termo neg?cio n?o seja o mais adequado ao Brasil, por raz?es culturais. Voltando ? quest?o dos n?meros, estes devem ser traduzidos em termos de benef?cios ? sociedade. Para ficar apenas nos exemplos apontados, a conquista de 215 mercados somente foi poss?vel devido ? qualidade e atributos socioambientais dos nossos produtos do agroneg?cio, que nos habilitam a entrar nos mercados mais exigentes. Estar entre os tr?s maiores exportadores mundiais do setor significa pre?os competitivos e que beneficiam, em primeiro lugar, a popula??o brasileira. Ser o mais eficiente em etanol e gerar combust?vel renov?vel pela queima do baga?o da cana-de-a?car s?o grandes contribui?es para um pa?s ecologicamente melhor e cada vez mais independente em termos energ?ticos.

Os ganhos de produtividade garantem abastecimento, pre?os equilibrados e estabilidade econ?mica e pol?tica ao Brasil, al?m de apontarem solu?es exequ?veis para o mundo, em termos de seguran?a alimentar e energ?tica. Portanto, ? hora de fazer justi?a ao agroneg?cio nacional no plano da comunica??o, tornando evidente para toda a sociedade a verdadeira identidade do setor, ess?ncia de um pa?s cuja economia brotou na terra.

Jo?o Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (EESC/USP), ? presidente do Grupo S?o Martinho e vice-presidente da Fiesp (Federa??o das Ind?strias do Estado de S?o Paulo)

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