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Alta recorde da laranja não chega ao produtor

07/07/2010
Fonte: Jos? Maria Tomazela - O Estado de S.Paulo

Pre?o quadruplicou no primeiro semestre, e contratos firmados com anteced?ncia pagam menos ao citricultor

O pre?o da laranja quadruplicou no primeiro semestre deste ano, em compara??o com o ano passado, mas a maioria dos produtores est? recebendo pre?os mais baixos que os de mercado. Eles assinaram contratos com os fabricantes de suco num per?odo em que a caixa de 40,8 quilos chegou a ser vendida por R$ 3,50. Agora, enfrentam dificuldades para renegociar o contrato num pre?o pr?ximo do obtido pelos produtores sem contrato. Na ?ltima quinta-feira, no sudoeste paulista, alguns destes j? conseguiam R$ 17 pela caixa.

Os citricultores reclamam de uma manobra feita pelas f?bricas condicionando a revis?o do contrato ao compromisso de venda da pr?xima safra pelo mesmo pre?o. "O produtor fica ref?m do contrato antigo e da empresa", afirma o citricultor Carlos Minatel, de Cordeir?polis. Para conseguir elevar o valor contratado de R$ 8 para R$ 10 ou R$ 12 a caixa, que ainda est? bem abaixo do pre?o de mercado, ele se v? obrigado a fazer a venda antecipada da pr?xima safra pelo mesmo valor. "A ind?stria usa a for?a econ?mica que tem e o produtor fica sem condi?es de sair."

A escalada no valor da fruta deve-se ao frio intenso que atingiu os laranjais da Fl?rida. No Sudeste, o excesso de chuva tamb?m prejudicou a atual safra. O presidente da Associa??o Brasileira dos Citricultores (Associtrus), Fl?vio Viegas, concorda com Minatel. Al?m disso, para ele, as manobras para pagar menos pela laranja mostram que as ind?strias n?o abandonaram pr?ticas danosas ao equil?brio da cadeia, que ele considera resultantes de um cartel. De acordo com Viegas, n?o ? aceit?vel que, na mesma safra, a ind?stria pague R$ 17 pela caixa de laranja de um produtor e R$ 6 pela de outro.

Exporta?es. A laranja ? o terceiro item na pauta de exporta?es paulistas e ? respons?vel por 96% dos sucos vendidos pelo Pa?s. E ? a segunda cultura mais importante do agroneg?cio do Estado, atr?s apenas da cana-de-a?car. Os laranjais de S?o Paulo d?o conta de 80% da produ??o brasileira. Os bons pre?os da atual safra s?o um r?pido refresco para um setor que vem encolhendo drasticamente. Nos ?ltimos dez anos, o potencial produtivo dos pomares perdeu 241 milh?es de caixas por fatores como doen?as, especialmente o greening, pre?os baixos, queda no n?vel tecnol?gico e o suposto cartel. O endividamento do setor ? estimado em R$ 1 bilh?o.

Nesse per?odo, segundo a Associtrus, 20 mil produtores deixaram a atividade. Carlos Minatel conta que ele e os irm?os tinham 240 mil laranjeiras h? dez anos na regi?o de Cordeir?polis. H? cinco, reduziram para 180 mil. Hoje, o pomar tem apenas 12 mil plantas. A ?rea de cultivo no Estado perdeu 180 mil hectares, em parte tomada por canaviais. O ganho na produtividade e a migra??o da lavoura para o sudoeste, onde a incid?ncia do greening ? menor, compensaram parte dessa perda. Em dez anos, a produtividade dos pomares passou de 400 para at? 700 caixas por hectare.

O dobro da m?dia. A produ??o obtida nos laranjais da Fazenda S?o Paulo, na regi?o de Itapeva, ? o dobro da m?dia das regi?es tradicionais. De acordo com o administrador Jo?o Jacinto Dias, o custo tamb?m ? menor. "N?o precisamos pulverizar tanto como quem planta no norte do Estado." Os pomares s?o adensados e ainda n?o foram atingidos pelo greening, por isso t?m uma popula??o por hectare maior de plantas produtivas. A safra est? no in?cio e a expectativa ? de uma grande produ??o. Ele conta que n?o teve dificuldade para acertar o pre?o da produ??o. "Vendi uma parte por R$ 15, mas vou pegar um pre?o ainda melhor no restante."

O presidente-executivo da Associa??o Nacional dos Exportadores de Sucos C?tricos (CitrusBR), Christian Lohbauer, disse que ? normal as empresas quererem o cumprimento dos contratos firmados em anos anteriores. "Quando a caixa de laranja estava a R$ 3,50 e a f?brica cumpria o contrato pagando R$ 6, n?o havia reclama??o." Ele considera um "excelente neg?cio" para o citricultor a proposta de receber mais do que o valor previsto em troca de contratar a pr?xima safra. "O mercado oscila muito e o risco maior ? da empresa." Segundo ele, a alta no pre?o tamb?m se deve ? disputa entre as ind?strias para assegurar a compra da laranja, levando em conta um quadro de eventual falta da mat?ria-prima.

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