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Brasil ainda espera elevar vendas de suco de laranja ao país

21/01/2011
A indústria brasileira de suco de laranja passou a encarar a China como um mercado com grande potencial importador no início dos anos 2000, e até hoje, apesar do projeto chinês de expansão de sua própria cadeia citrícola, acredita que será possível ampliar as vendas ao país asiático. O problema é que, há uma década, as empresas exportadoras acreditavam que esse potencial só se concretizaria em alguns anos, e hoje a expectativa é exatamente a mesma, o que reforça entre os mais pessimistas a impressão de que é realmente mais fácil os chineses tornarem-se concorrentes do Brasil do que compradores relevantes.

Christian Lohbauer, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Sucos Cítricos (CitrusBR), pondera que o projeto chinês de expansão da produção de citros esbarra em um "clássico e grande problema de falta de água", nas carências e na desarticulação dos citricultores locais e nas dificuldades em lidar com a proliferação de doenças. Além disso, os chineses são mais fortes na produção de tangerina, normalmente vendida in natura - e nesse caso quem tem que se preocupar é a Espanha -, do que em variedades como pêra, natal e valência, as mais utilizadas na produção do suco brasileiro.

Segundo Lohbauer, o frustrante ritmo de crescimento das exportações brasileiras para a China, que atualmente absorve entre 2% e 3% do volume total embarcado (ver matéria ao lado) não decorre do projeto do país asiático de fortalecimento de sua citricultura, mas, sobretudo, de hábitos de consumo e preços. "Os chineses gostam de bebidas quentes, e o chá é imbatível. Além disso, eles têm muita maçã e ainda não têm renda para consumir o suco que exportamos", afirma.

Lohbauer esclarece, também, que as exportações brasileiras para a China ainda são realizadas em tambores, não a granel, o que tira ainda mais competitividade do produto. As grandes indústrias que exportam suco a partir do Brasil - as nacionais Cutrale, Citrosuco e Citrovita, além da francesa Louis Dreyfus Commodities - não têm terminais na China que tornem viáveis os embarques a granel. Para suprir a Ásia, as indústrias só têm essa estrutura no Japão e na Austrália.

"Além disso, o consumidor chinês, por questões de paladar e preço, ainda prefere produtos com menores teores de laranja. Mas o futuro do consumo está nos países emergentes, o Brasil entre eles. Quem sabe se em cinco anos não conseguiremos ampliar significativamente as vendas para a China?".


Fonte: Valor Econômico

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