21/06/2011
Toda a alta cúpula do agronegócio brasileiro esteve em Ribeirão Preto nesta sexta para, entre outros, anúncios de safra de grãos recorde e histórica. A desorganização notada foi a tal ponto que ficaram fora das dependências importantes citricultores e lideres do setor.

Aproveitando a oportunidade e a exposição de mídia, pela primeira vez, o governo federal, deitou fala sobre investimentos, seguros rurais, subsídios e etc.

No nosso caso da laranja, anunciou-se apenas para a o mercado spot, um preço mínimo de R$ 10,00/cx com bônus de R$ 0,50/cx no caso do suco atingir os USD 2.100,00/t de suco concentrado e caso a média de vendas for acima deste valor, a diferença deverá ser repartida 60% para as indústrias e 40% para os produtores.

Segundo informações os contratos vigentes não se encaixariam neste modelo. Ainda carecendo de mais detalhes, este acordo (ou anúncio?) parece mais uma vez esquecer que das laranjas saem também os subprodutos que estão hoje em altas históricas e desempenho extremamente lucrativo.

Resta saber se os valores de balizamento de preço do concentrado (FCOJ) são baseados nas transparentes cotações da Bolsa de Nova York (mercado de papéis) ou eles são baseados na média de preço de venda na Europa (mercado físico); aí de novo, vamos esbarrar na confiança da informação dos preços reais de venda; obviamente uma consultoria internacional deveria ser acionada pelo governo.

De qualquer maneira a fixação deste mínimo é melhor do que ficar no limbo comercial que foi a grande jogada desta safra.

Dá para imaginar que se houver boa vontade dos dois lados, esta prática será um exercício para a definitiva formação do Consecitrus cuja idéia, por pouco não se desgasta.


Paulo Celso Biasioli