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Mais um desmentido

17/11/2011
Contrariando as insistentes afirmações da indústria sobre a queda de demanda no setor de sucos, papagueada até por produtores desinformados ou submissos, o principal executivo da área de sucos da Coca Cola, em palestra proferida na World Juice 2011 em outubro , demonstrou preocupação com o desinteresse dos citricultores em renovar seus pomares, o que considerou como a mais importante ameaça ao futuro da indústria de sucos e informou que a Coca Cola está trabalhando no sentido de incentivar o replantio de pomares. Segundo ele, a empresa dobrou sua participação no mercado de sucos e vem crescendo a uma taxa composta (CAGR) de 10% aa desde 2005 e, apesar da crise europeia, ele vê espaço para crescimento do mercado.

Enquanto isso, aqui no Brasil o cartel continua atuando impunemente, apropriando-se da renda dos produtores e transferindo para o exterior os lucros auferidos através do subfaturamento das exportações.

Como consequência gera desemprego- 130 mil empregos foram eliminados- concentração de renda, endividamento e inviabilização dos citricultores, que vêm perdendo seu patrimônio e sendo obrigados a migrar para outras atividades. Cerca de 20 mil citricultores já foram expulsos do setor e 350 mil hectares de citros erradicados.

Apesar de terem sido ouvidos diversos produtores que denunciaram as manipulações da indústria, um artigo recente publicado em órgão de circulação nacional aponta como causa da saída dos produtores a ?falta de competitividade e a atração pela cana? como as causas da saída de milhares de produtores do setor. Essa conclusão foi induzida pelos demais entrevistados, todos eles ligados à indústria.

A citricultura brasileira é altamente competitiva e chegou a esse ponto graças aos citricultores, que agora o cartel tenta expulsar do setor. Nenhuma outra citricultura do mundo sofreu o processo de concentração e verticalização que vemos no Brasil. Em todas as demais áreas citrícolas do mundo há a predominância dos pequenos produtores, até mesmo na Flórida, onde cerca de 10 mil citricultores dividem uma área de cerca de 200 mil hectares de laranja, o que corresponde a aproximadamente 20 hectares por produtor, enquanto em São Paulo a área média por produtor é de cerca de 50 hectares.

Ao contrário do que afirma a indústria, o nível médio de produtividade e os custos da citricultura de São Paulo estão no mesmo patamar das citriculturas mais desenvolvidas do mundo, mas os preços recebidos pelos citricultores brasileiros estão entre os mais baixos do mundo.

A indústria ainda acusa o produtor de desinformado e incapaz de se atualizar quando ela, detentora de todas as informações, manipula os dados e tenta mantê-los em sigilo alegando serem estratégicos. Informações que nos EUA, onde também atua, é obrigada a publicar, graças às regras e leis que protegem os produtores.

Um grupo de citricultores estará reunindo-se nesta sexta feira, na SRB, por inspiração da CitrusBR, na tentativa de envolver os produtores na criação de um ?conseCitrusBR? que atende aos interesses do cartel, que tentará usá-lo nas tratativas junto SBDC. A intenção é de reproduzir o que ocorre no Fundecitrus, no qual os citricultores são representados por ?amigos da indústria?, ?pessoas que pensam como nós? no dizer de um importante executivo das processadoras.


Fonte: Flávio Viegas

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