Mais de 400 funcionários da Citrosuco, empresa do setor de citricultura deItapetininga (SP), continuam em greve. A paralisação foi iniciada na última sexta-feira (26). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 21%, revisão de cargos e funções e melhorias nos benefícios.

De acordo com o operador de máquinas Edimilson Benedito da Mota, as reivindicações ainda abrangem a Participação nos Lucros e cestas básicas. “Eles [empresa] estão querendo tirar a nossa participação nos lucros. Já na questão da cesta básica, alguns itens não condizem com aquilo que eles mandam”, comenta.

Segundo a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do estado de São Paulo, a empresa deu reajuste de 17% a 25 trabalhadores do carregamento de laranja com o objetivo de não parar a produção, mas a medida não agradou os outros funcionários. De acordo com o delegado da Federação, Moisés Brandão, os trabalhadores exigem pelo menos esse valor de reajuste para todos. “Eles querem os mesmos 17%. Este seria o valor mínimo de reajuste”, diz.

Os motoristas dos caminhões que transportam as mercadorias também estão parados e recebem apoio do Sindicato dos Transportes de Sorocaba (SP) e Região. De acordo com o diretor do sindicato, Enio Ferreira Barbosa, o objetivo é protocolar as reivindicações junto ao Ministério Público. “A função nossa aqui é fazer uma mesa redonda com o Ministperio do Trabalho e protocolar a convenção do acordo dos motoristas para ser cumprida”, comenta.

No primeiro dia da greve, há seis dias, mais de 1,4 mil funcionários aderiram à paralisação. Agora, os mil trabalhadores temporários que atuam na colheita da laranja voltaram a trabalhar.

Durante reunião na tarde desta quinta-feira, a empresa propôs aos representantes dos trabalhadores um reajuste salarial de 8%. A proposta será repassada aos funcionários em uma assembleia marcada esta sexta-feira (2).

Fonte: g1.globo.com