18/11/2006
O mercado do suco de laranja deve se manter firme em 2007, com os pre?os firmes no mercado internacional e os estoques baixos nas processadoras, tanto no Brasil, quanto nos Estados Unidos, pa?ses que praticamente dominam a produ??o da bebida. J? a colheita da fruta em S?o Paulo, que ficar? entre 350 e 360 milh?es de caixas de 40,8 Kg na safra 2006/2007, ser? necessariamente menor na pr?xima safra, a partir de meados do ano que vem, devido ? bianualidade da cultura. O processamento da atual safra brasileira, estimado em 300 milh?es de caixas de 40,8 Kg, deve ser todo comercializado, ou seja, n?o haver? estoques tamb?m no in?cio da safra 2007/2008, em julho do pr?ximo ano. Neste ano, no mesmo per?odo, os estoques nas ind?strias de suco de laranja eram de 31 mil toneladas, ante 110 mil toneladas no mesmo per?odo de 2005. O n?vel de estoque ? baix?ssimo e as ind?strias est?o tendo de produzir primeiro para exportar depois, segundo a Associa??o Brasileira dos Exportadores de C?tricos (Abecitrus). A Abecitrus j? avalia que ser?o comercializadas no exterior nesta safra, entre julho de 2006 e junho de 2007, cerca de 1,2 milh?o de toneladas, ante 1,34 milh?o de toneladas na safra passada e 1,41 milh?o de toneladas na safra recorde 2004/2005. A queda nas exporta?es ser? compensada no faturamento pelos pre?os altos do suco de laranja. Empresas que processam o suco no Brasil d?o como certo o aumento de at? 50% nos pr?ximos 12 meses no faturamento, refletido pelos contratos j? firmados. Segundo a Abecitrus, o ano de 2007 deve marcar ainda a consolida??o do mercado asi?tico para o suco de laranja brasileiro e at? mesmo um aumento das exporta?es para os Estados Unidos, que, no ano passado, ampliaram a taxa??o ? bebida sob acusa??o de pr?tica de dumping pelas processadoras do Pa?s. O pre?o para o mercado norte-americano subiu 7%, mas a produ??o deles caiu 8% e sem a menor perspectiva de uma recupera??o. O consumo ent?o vai regular essa diferen?a e o ?nico fornecedor ? o Brasil. O cen?rio de baixa produ??o e de aus?ncia estoques vai manter a cota??o do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) na Bolsa de Nova York (Nybot) pr?xima dos 200 cents (US$ 2,00) por libra-peso e beirar os at? ent?o inimagin?veis US$ 2.900 por tonelada no mercado, n?veis s? vistos no in?cio da d?cada de 90 do s?culo passado. Mas esses valores, na avalia??o de processadoras e exportadoras do Brasil, j? s?o o teto para o suco de laranja. No entanto, apesar do cen?rio otimista, todos os fundamentos que poderiam pressionar a cota??o do suco na bolsa j? foram refletidos no mercado futuro. Al?m da ind?stria, quem tamb?m deve se beneficiar com a disparada do suco de laranja no mercado futuro ? boa parte dos produtores fornecedores da fruta para o processamento no Brasil. De acordo com a Abecitrus, v?rios citricultores t?m contratos com remunera??o pela caixa da fruta que prev?em um pagamento de um pr?mio atrelado ? cota??o do FCOJ no mercado internacional. Os produtores que t?m contratos fixos conseguem at? US$ 4,00 por caixa de 40,8 Kg e os que vendem as frutas sem contrato, no mercado spot, chegam a receber mais de US$ 5,00 por caixa de 40,8 Kg. Outra esperan?a para o pr?ximo ano ? o avan?o das conversas entre UE e Mercosul para a redu??o pela metade em quatro anos da tarifa imposta ? bebida, hoje em 15,5%. A Uni?o Europ?ia respondeu por 65% das importa?es de suco de laranja brasileiro na safra 2005/2006, encerrada em julho, com um volume de 872,8 mil toneladas ante um total comercializado pelo Pa?s de 1,34 milh?o de toneladas no per?odo. Autor: CG Not?cias para o GCONCI Cr?dito: 17.11.06