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Violência rural: mais razão e menos instintos

27/08/2015



Atualmente, a violência integra o nosso cotidiano. Vivemos uma frustração rotineira diante da fragilidade da vida pessoal e social. Ainda que em menor proporção, a criminalidade é um problema enfrentado também pelo homem do campo.

Estamos expostos a uma série de fatores que contribuem para essa adversidade seja pela violência urbana, no trânsito, na televisão, entre outros meios.

Os números apresentados pelo Governo do Estado de São Paulo mostram que o índice de criminalidade no interior de São Paulo diminuiu neste primeiro semestre de 2015 em 9,99% nos casos de roubo em geral e os de veículos em 25,82%.

Um dos principais pontos que colaboram para a insegurança é a desigualdade social. O governo federal não enfrenta a segurança pública como deveria. Poderia tratá-la como um sintoma de causas estruturais de natureza socioeconômica, identificar as fragilidades de nosso arcabouço legal, do posicionamento do judiciário, das deformações do sistema penitenciário e assim realizar as mudanças estruturais indispensáveis para de fato enfrentar a questão.

Na ausência de apoio do Governo Federal os governos estaduais são obrigados a assumir a responsabilidade de enfrentar a violência. Isso dificulta a criação de políticas públicas permanentes para solucionar os problemas.

De um lado, medidas apresentadas para resolver os problemas da criminalidade no país têm sido de um raciocínio simplista, ou seja, de que a diminuição da injustiça social reduzirá automaticamente a violência. Essa linha enfraquece a ação efetiva e passa uma imagem de tolerância. De outro lado, a linha “Rota na rua” endurece a ação e passa a sensação de que somente o aparato repressivo resolverá o problema.

Não podemos tratar a violência de forma maniqueísta. É preciso enveredar menos às disputas ideológicas e traçar políticas públicas que solucionem os problemas.

O primeiro passo para solucionar a crise de insegurança nas áreas rurais é reduzir a violência nos centros urbanos.

O Brasil viveu uma intensa migração. O homem do campo está indo para a cidade em busca de oportunidades, mas nem sempre as encontra e acaba sendo empurrado para o desemprego, para a criminalidade.

Indispensável para reverter esse quadro de insegurança é uma integração definitiva dos aparatos policiais, fortalecendo as ações de inteligência e estratégia. Instalar a patrulha rural como uma ação ostensiva e preventiva também é necessária.

Iniciativa como o CEP rural, permitirá à polícia uma melhor localização para atender a ocorrência.

Buscar o aperfeiçoamento dos sistemas de informação, de inteligência e de controle do crime e um maior envolvimento da sociedade contra a criminalidade são passos fundamentais para se estruturar em uma política de combate à violência.

É necessário agir com mais veemência, investir em métodos de prevenção dos crimes, com planejamento, inteligência e apoio do poder público para trabalhar tudo aquilo que leva às ações de violência, mas é preciso que sociedade e Estado caminhem juntos. Quando há cooperação mutua, a probabilidade de sucesso é muito maior, agindo com mais razão e menos impulso.

27/08/2015

Arnaldo Jardim é deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo


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