07/02/2007
Para discutir problemas, propor inova?es e buscar solu?es para a citricultura brasileira, a Associtrus reuniu, ter?a-feira (6/2), em Bebedouro, representantes do agroneg?cio paulista. O agr?nomo Ulf Walter Palme, representando uma empresa de sistema de intelig?ncia territorial e gest?o, abordou a import?ncia do monitoramento para a melhoria da gest?o financeira e da sustentabilidade do territ?rio. Sem monitoramento, o produtor n?o tem dados e informa?es suficientes para montar pol?ticas e estrat?gias que lhe garantam a manuten??o da sua propriedade e o retorno financeiro esperado, disse Ulf. As previs?es clim?ticas tamb?m auxiliam significativamente o produtor. A ind?stria possui todas as informa?es em m?os e o produtor n?o pode mais ficar de olhos vendados. Saber como vai ficar o tempo nas pr?ximas oito horas, por exemplo, permite grandes ganhos para o produtor que saber? qual o melhor momento para fazer uma pulveriza??o ou trato cultural; se a produ??o vai aumentar ou diminuir; entre outros benef?cios, observou o presidente da Associtrus, Fl?vio Viegas. Os professores Bernardo Man?ano Fernandes, ge?grafo da Unesp de Presidente Prudente, e Clifford Andrew Welch, historiador da Grand Valley State University (EUA), apresentaram o resultado da pesquisa Citricultores e agroneg?cio da laranja nos EUA e Brasil, onde analisam os conflitos entre o agroneg?cio e os citricultores no processo de forma??o agroindustrial e mercantil do suco de laranja em S?o Paulo e na Fl?rida. O agroneg?cio ? um conjunto de sistemas agr?cola, industrial, financeiro, mercantil e tecnol?gico. Para que o pequeno produtor sobreviva na atual conjuntura, ? necess?rio criar novos territ?rios fora do suco concentrado, analisa Bernardo, citando exemplos do marketing do suco natural na Fl?rida. O professor Luiz Fernando Paulillo falou sobre a "Agroind?stria e citricultura no Brasil: diferen?as e domin?ncias", tema do livro que celebra 20 anos de trabalho intenso de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de S?o Carlos e do Gepai (Grupo de Ensino e Pesquisas Agroindustriais) sobre a economia citr?cola brasileira. A complexidade dos contratos propostos pelas ind?strias e a assimetria de informa?es e de poder na rede pol?tica foram abordados. ?O professor Paulillo demonstrou academicamente que a carteliza??o do setor ? evidente, disse Viegas, que acrescenta: ?reunimos palestrantes de gabarito para analisar o agroneg?cio citr?cola e reconhecer, de forma isenta e acad?mica, a realidade do setor que v? a freq?ente expuls?o dos pequenos e m?dios citricultores e os reflexos que isto traz para a economia do Brasil.