Fernando Lopes ?

22/01/2008

As exporta?es de suco de laranja do pa?s confirmaram o que indicavam as proje?es e encerraram 2007 com pequeno aumento do volume embarcado e forte alta da receita proveniente das vendas. 

Segundo dados da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) compilados pela Associa??o Brasileira dos Exportadores de C?tricos (Abecitrus), foram enviadas ao exterior no ano passado 1,391 milh?o de toneladas do produto, 6,8% mais que em 2006 (1,303 milh?o). 

Em valor, o salto foi da ordem de 55%. Foram pouco mais de US$ 2,3 bilh?es em 2007 (recorde hist?rico), contra US$ 1,5 bilh?o no ano anterior, em um sinal de que a valoriza??o internacional da commodity entre 2004 e 2006 ainda rendeu bons frutos em 2007. 

Parte dessa "demora" pode ser explicada pelo fato de os contratos de exporta??o firmados pelas ind?strias muitas vezes acusarem as oscila?es do mercado no momento de suas renova?es depois de um certo tempo. 

Segundo c?lculos do Valor Data, os contratos futuros do suco (segunda posi??o de entrega) registraram queda de 26,55% na bolsa de Nova York em 2007. Nos dois ?ltimos anos at? dezembro, contudo, ainda houve alta de 17,8%; em 36 meses, o salto chegou a 60,06%. 

Ademerval Garcia, presidente da Abecitrus, lembrou ontem ao Valor que as curvas observadas tamb?m foram influenciadas pela agrega??o de valor com o avan?o das vendas de suco n?o concentrado, mais caro, e de suco concentrado e congelado com caracter?sticas espec?ficas exigidas por compradores. "O suco de laranja ? uma commodity cada vez menos commodity", afirmou o dirigente. 

A Uni?o Europ?ia manteve-se como o principal destino dos embarques do Brasil em 2007. Conforme a Abecitrus, o bloco comprou 874,5 mil toneladas do suco de laranja nacional, 4,5% mais que em 2006. Para os pa?ses do Nafta (Estados Unidos, Canad? e M?xico), as vendas subiram 44,5%, para 274,5 mil toneladas. 

Explica essa disparada os problemas de oferta nos EUA, ainda em recupera??o ap?s problemas causados por furac?es - que determinaram a alta de pre?os internacionais entre 2004 e 2006.