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Tendências do Mercado de Citros para 2008/2009

02/03/2008

 

O cen?rio internacional ? favor?vel ? citricultura brasileira em 2008/2009. O atual cen?rio na economia americana - furac?es, especula??o imobili?ria e baixa produtividade nos pomares -, conspiram a favor dos produtores brasileiros quando o assunto ? rentabilidade na produ??o de laranjas. Brasil e EUA s?o os maiores produtores de laranja, respondendo por mais de 80% da produ??o mundial. Os sucessivos furac?es que devastaram a Fl?rida nos ?ltimos anos reduziram em cerca de 27% a ?rea de pomares do principal estado produtor americano. Essa diminui??o equivale a 100 milh?es de caixas por safra. A produ??o americana caiu 46%, o que derrubou a produ??o de suco em 36%. Os americanos ainda sofrem com outro efeito dos furac?es: a perda da capacidade produtiva de mudas. No in?cio da d?cada eram cerca de 87 milh?es. Hoje, n?o passa de 70 milh?es. N?o h? previs?o de que esses n?meros ir?o aumentar, pois os furac?es tamb?m destru?ram grande parte dos viveiros de mudas. Um outro problema que est? devastando a citricultura americana ? a especula??o imobili?ria. N?o ? segredo para ningu?m que o projeto de vida do cidad?o m?dio americano ? ganhar muito dinheiro, aposentar-se e viver o resto da vida curtindo o clima da Fl?rida. Mesmo com os coment?rios de uma prov?vel recess?o na economia americana, a corrida pelo o?sis da terceira idade continua e fez os pre?os da terra dispararem naquele estado, principalmente em ?reas pr?ximas ?s cidades. Se, em 2005, um hectare era vendido por cerca de US$ 9 mil, hoje n?o sai por menos de US$ 13 mil. O resultado dessa especula??o imobili?ria ? que muitos produtores tradicionais de laranja est?o trocando a atividade por um valor elevado por suas terras, que est?o virando condom?nios fechados.

A quebra de produ??o da Fl?rida foi a principal causa da melhora de pre?os da laranja no Brasil, j? que S?o Paulo e Fl?rida s?o respons?veis pela oferta mundial da fruta. Conforme o consultor Carlos Cogo, na safra 2007/2008 a produ??o da Fl?rida foi reduzida para 166 milh?es de caixas no relat?rio de janeiro do USDA, um volume baixo, se considerarmos uma safra de 242 milh?es de toneladas em 2004. A safra paulista ? estimada em 350 milh?es de caixas de laranja em 2007/2008, mas deve recuar em 2008/2009 entre 15% e 30%. A redu??o da produ??o americana, que j? dura pelo menos duas safras, foi provocada por doen?as e pelo encarecimento da m?o-de-obra. S? o cancro afeta 28% dos pomares e boa parte da m?o-de-obra era composta por imigrantes ilegais, o que barateava os custos.

A safra 2008/2009 deve ter forte quebra em S?o Paulo. A maioria dos citricultores do estado de S?o Paulo encerrou a safra 2007/2008 de laranja em janeiro, mas a colheita das variedades val?ncia e natal estava se encerrando em fevereiro. Com o final da safra 2007/2008 na maioria das propriedades paulistas, parte dos contratos dos citricultores tamb?m encerrou. Dessa forma, muitos est?o livres de compromissos com as ind?strias desde o in?cio de 2008, aguardando propostas para fechar novos neg?cios. Alguns citricultores esperam que as negocia?es de contratos com a ind?stria aumentem a partir dos primeiros n?meros oficiais da pr?xima safra paulista (2008/2009). Muitos agentes especulam uma redu??o acima de 20% da safra paulista, fato que resultaria em um volume inferior a 300 milh?es de caixas de 40,8 Kg. Independentemente da confirma??o desses n?meros, a safra 2008/2009 que ser? colhida a partir de maio, dever? ser menor que o potencial produtivo (360 a 370 milh?es de caixas de 40,8 Kg). A redu??o deve-se aos impactos do d?ficit h?drico no per?odo de florada entre agosto e outubro de 2007. Em fun??o desse cen?rio, os pre?os ao produtor depender?o do tipo de negocia??o. Para aqueles que vendem apenas no mercado spot (sem contrato) ou ainda n?o fecharam novos neg?cios, a expectativa ? que a ind?stria mantenha um pre?o atrativo para seguir com as atividades de moagem. O mesmo n?o dever? ocorrer para quem j? possui contrato e depende de uma renegocia??o.

As exporta?es brasileiras recuam 6,5% na safra 2007/2008. As exporta?es brasileiras de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) equivalente somaram 764.091 toneladas nos sete primeiros meses da safra 2007/2008 (julho a janeiro), queda de 6,5% sobre as 817.648 toneladas exportadas entre julho de 2006 e janeiro de 2007 do ciclo anterior. J? o volume de FCOJ equivalente exportado em janeiro de 2008, de 115.225 toneladas, foi 30,5% menor que as 165.887 toneladas exportadas comercializadas em janeiro do ano passado. As exporta?es de FCOJ equivalente s?o a soma, e a transforma??o em concentrado e congelado, do volume exportado dos sucos de laranja concentrado e congelado, n?o-congelado e outros n?o-fermentados. Com 466.790 toneladas importadas do Brasil nos sete primeiros meses de 2007/2008, a Uni?o Europ?ia ainda segue como principal cliente do suco de laranja brasileiro, mesmo com a queda de 11,03% nas vendas, contra o mesmo per?odo da safra passada que movimentou 524.702 toneladas. Em janeiro, as vendas para a UE somaram 75.116 toneladas em FCOJ equivalente. O Nafta, principalmente os Estados Unidos, ? um dos mercados que elevou as importa?es de suco brasileiro nesta safra na compara??o com 2006/2007. As vendas para aquele bloco econ?mico atingiram 154.493 toneladas entre julho e janeiro deste ano, aumento de 17,95% sobre as 130.981 toneladas de FCOJ equivalente, exportadas no per?odo anterior. Apesar de representar apenas 0,5% do volume exportado em FCOJ equivalente pelo Brasil, o Mercosul ? o destaque no aumento porcentual entre os mercados consumidores. Nos ?ltimos sete meses, os pa?ses do bloco consumiram 3.841 toneladas da bebida, aumento de 294,75% ante as 973 toneladas de igual per?odo de 2006/2007. J? as exporta?es para a ?sia aumentaram 12,5% se comparados os mesmos per?odos, de 82.824 toneladas para 73.437 toneladas, enquanto as exporta?es para os chamados outros mercados ca?ram 16,16%.

As exporta?es brasileiras de suco de laranja, no segundo semestre de 2007, foram semelhantes ?s do mesmo per?odo de 2006. Os embarques para os Estados Unidos, contudo, registraram incremento. Segundo a Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex), foram enviadas cerca de 130 mil toneladas de suco para o mercado norte-americano entre julho e dezembro de 2007, um volume 27% superior ao do mesmo per?odo de 2006. A ?sia tamb?m aumentou suas importa?es no segundo semestre do ano passado, mantendo a posi??o de terceiro maior comprador de suco de laranja brasileiro. O total embarcado para o continente foi de 69,3 mil toneladas no per?odo, um volume 4,1% superior ao de 2006. Para a Uni?o Europ?ia, os embarques somaram 391,6 mil toneladas de julho a dezembro de 2007, contra as 412,6 mil toneladas enviadas em igual per?odo de 2006, o que representa um recuo de 5,1%.

Fonte: Carlos Cogo

 


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