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Novo patamar mundial de produção de laranjas para sucos?

25/11/2008

Publicado em 25/11/2008

O mercado de uma forma geral ? regido pela lei da oferta e demanda. Os pre?os no mercado de sucos de laranja t?m um comportamento cl?ssico de outras commodities agr?colas, ? dependente da demanda, dos estoques existentes e naturalmente da oferta atual. H? muitos anos o lado da oferta no caso de sucos de laranjas ? dependente do que ocorre nos pomares de Florida, maior estado produtor de Laranjas dos  USA e S?o Paulo, o correspondente brasileiro. Juntos s?o respons?veis por mais de 90% do suco de laranjas comercializados no mundo. A an?lise hist?rica das estat?sticas de produ??o e pre?os (vide gr?fico) mostra que sempre que Fl?rida e S?o Paulo ultrapassaram juntos, em um determinado ano, a quantidade somada de 500 milh?es de caixas o pre?o do FCOJ cai na Bolsa de NY. 

Assim, observa-se que nos anos 1970 a produ??o evoluiu principalmente pelo aumento da produ??o de S?o Paulo, que se aproveitou do recuo da produ??o da Florida devido ?s geadas da d?cada de 1960. Na d?cada de 1980, o clima frio foi ainda mais intenso para os norte-americanos e a oferta brasileira continuou crescendo vindo dos pomares plantados em grande quantidade em S?o Paulo. A Fl?rida, enquanto isso, foi buscar no sul do seu territ?rio regi?es mais quentes, afastando-se do perigo das geadas t?o freq?entes na regi?o ora tradicional de citrus, mais ao norte. A partir do momento que, somados os volumes produzidos pelos dois estados ultrapassou 500 milh?es de caixas, o pre?o do FCOJ passou a recuar. Dos valores pr?ximos a US$ 5 mil por tonelada na bolsa de NY, vistos entre 1970 e come?os dos anos 1980 , os valores ca?ram para US$ 2 mil no final dessa d?cada. Esses valores s?o um reflexo da produ??o no per?odo que ficou acima de 500 milh?es de caixas (exceto o ano de 2002). Na maioria das safras o total produzido esteve acima de 550 milh?es. Com a temporada de furac?es do segundo semestre de 2004 a produ??o da Fl?rida caiu dramaticamente (de 242 milh?es em 2003/04 para 139 em 2004/05) e o total de laranjas produzido pelas duas regi?es voltou a flutuar pr?ximo ou abaixo de 500 milh?es. O pre?o de suco, que atingira seu menor n?vel em julho de 2004 (57 cents por libra peso, menos de US$ 900/t) explodiu diante da menor oferta e passou de US$ 2 mil em 2006. Em 2008, prev?-se que a produ??o somada ficar? em cerca de 480 milhoes (310 para S?o Paulo e 170 para Florida) mesmo assim o suco n?o p?ra de cair desde 2007, j? estando abaixo de US$ 1300.

Seria de se esperar que passados mais de 15 anos o patamar das produ?es somadas que viesse a pressionar os pre?os de suco para baixo, fosse at? superior aos 500 milhoes, j? que a demanda deveria ter aumentado nesse per?odo, mesmo que pelo crescimento da popula??o mundial, mas o que se v? ? o pre?o continuar caindo mesmo com as baixas produ?es atuais de  S?o Paulo e Fl?rida. Alem disso as perspectivas de produ?es dessas ?reas s?o de manterem-se reduzidas por estarem enfrentando problemas com doen?as. O que ter? acontecido? Se n?o h? excesso de oferta, os pre?os est?o caindo por diminui??o de consumo. Uma das pistas para a resposta est? nos altos pre?os do suco de laranjas nas g?ndolas dos supermercados de Europa e Estados Unidos. A outra, encontra-se na grande variedade de alternativas que o consumidor possui na atualidade. S?o bebidas energ?ticas, funcionais, ?guas aromatizadas, a base de soja, sucos das mais variadas frutas, a?a?, maracuj?, acerola e outras. 
     
Em palestra no Juice USA, promovido pelo Juice Products Association e pela Foodnews, semana passada, o representante da Beverage Marketing mostrou o mercado norte americano de bebidas n?o alco?licas nos ?ltimos cinco anos. Enquanto ?gua em garrafa pet (pet water) passou de 2,7 para 5,4 bilh?es de gal?es, crescendo quase 100% e o das bebidas energ?ticas (Energy Drinks) passaram de 59 para 360 milh?es de gal?es, seis vezes mais. No mesmo per?odo, mostrou que os sucos de frutas ca?ram de 4,2 para 3,8 bilh?es de gal?es, ou 9%  entre 2003 e 2008. ? fato que ainda o consumo de sucos de frutas ? quase 2,8 vezes o consumo de bebidas energ?ticas, mas deve-se investigar os motivos desta queda de consumo. Estaria o marketing do produto equivocado ao permitir compara?es entre os produtos incorretas? Os pre?os relativos dos produtos n?o refletem os custos relativos de produ??o? O comportamento do consumo nos EUA se reproduz na Europa, ?sia e emergentes? 

? evidente que a an?lise deve ser mais profunda do que o que fiz nesse artigo, entretanto a mim me parece que estamos diante de um novo patamar de produ??o de laranjas.    

 
Autor: Mauricio Mendes - AGRAFNP e Membro do GCONCI
 


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