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Infestação de pinta preta causa prejuízo a citricultores em São Paulo

05/12/2011
Segundo representantes do setor, baixos preços da fruta impedem produtores de arcar com tratamento preventivo.

João Henrique Bosco | Araras (SP)

Uma das piores infestações de pinta preta dos últimos anos atinge lavouras de citrus de São Paulo. O fungo, provocado pelo excesso de umidade, derruba as laranjas do pé. Produtores afirmam que o preço baixo da cultivar não os permite arcar com o tratamento preventivo à doença. Esta safra é uma das maiores dos últimos 15 anos. Conforme o agrônomo da Casa do Agricultor de Araras, José Salim Chaib de Oliveira, como a indústria não absorve toda a produção, as frutas ficam mais tempo do que deveriam nos pés e caem, vítimas da praga.

Com a fruta mais tempo no pé, o desenvolvimento do fungo e a consequente incidência da doença aumenta muito. Então, o fruto que não é colhido é um fator preponderante para o aumento da pinta preta explica.

Oliveira chama a atenção para outro problema as exportações da laranja. Muitos países não têm o controle da praga e podem deixar de importar a fruta do brasil.

Isso causa prejuízo, sem dúvida nenhuma. Porque existe a perda do fruto que não se consegue comercializar diz.

A praga ganhou mais espaço em Araras com as chuvas recentes, que provocaram umidade excessiva. No pomar do citricultor Wagner Fortes, os prejuízos ficarão entre 5% e 10% do valor total negociado pelo produtor. Segundo ele, o volume encaminhado para indústria será menor e o aspecto visual fará a fruta perder valor no mercado.

Terá depreciação comercial da fruta, caso ela seja vendida como fruta fresca. Há perda de volume pela queda da fruta. E a aparência também deprecia comercialmente a fruta aponta.

O fungo não tem tratamento, apenas prevenção. É preciso realizar pelo menos quatro aplicações com fungicidas, além de uma série de cuidados. O presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Renato Queiróz, culpa os baixos preços pagos aos produtores pela grande incidência da pinta preta. Descapitalizados, não estariam conseguindo proteger os pomares.

É obrigatório fazer quatro aplicações, para as quais se utiliza a mão de obra, o diesel, o trato muito diferenciado. Diferente de outros. Inclusive o cobre, que está carísssimo. Se formos pensar que está se pagando pela caixa da laranja, se vê que não se paga. Então se deixa de fazer uma ou outra aplicação porque não se está pagando no final afirma.

Fortes projeta o controle que deve ser adotado.

A gente tem que começar a fazer o tratamento preventivo desde a queda de pétala por pelo menos 24 semanas. Com fungicida, protetores e sistêmicos. E vamos alternando durante o ano com intevalo mais ou menos definido, para ter sucesso no controle comenta.

Fonte: Canal Rural

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