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Em ano difícil, citricultura registra estoques lotados e discussão entre indústria e produtores

27/12/2012

De acordo com representantes do setor, expectativas para 2013 não são animadoras.

Estoques lotados, frutas nos pomares e discussão entre indústria e produtores marcaram o ano de 2012 na citricultura. De acordo com representantes do setor, expectativas para 2013 não são animadoras.

Desde 2009, o governo americano havia estabelecido um limite de uso do fungicida carbendazim, que é usado no combate à pinta preta, doença provocada por um fungo que reduz a produtividade muito comum em climas tropicais e úmidos. A indústria brasileira não mudou sua forma de trabalho e em fevereiro, depois de análises feitas pelos americanos, foi constatado que no suco concentrado de laranja existia quantidade maior do fungicida do que o estabelecido há três anos. O resultado foi o bloqueio imediato dos embarques da commodity para os Estados Unidos, decisão que gerou uma crise no setor, já que os produtores precisariam trocar o carbendazim por outro produto similar e que tem um custo três vezes maior.

— Não foi o carbendazim que gerou essa crise, mas ele teve um peso — afirma o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas.

Com safra recorde e estoques cheios, a indústria propôs a criação do Conselho de Produtores de Laranja e das Indústrias de Suco de Laranja (Consecitrus), entidade formada por representantes de toda a cadeia que serviria de base para formação de preços e base política para o setor, mas, em novembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a criação do Consecitrus, atendendo a um pedido da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, que alegou que representantes do conselho atuavam de forma enganosa.

— O Cade não proibiu, ele proibiu a divulgação. Ele quer que a proposta seja colocada em discussão para que os produtores entendam o que está sendo proposto — explica Viegas.

— Temos que avançar no Consecitrus. Aprovar o estatuto que vai ajudar e muito — diz o presidente executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR), Christian Lohbauer.

Safra

A promessa de uma super safra de laranaja se confirmou em 2012. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), São Paulo colheu cerca de 375 milhões de caixas, mas pelo menos 80 milhões de caixas de 40,8 quilos foram perdidas por falta de compradores.

Em meio a isso, o avanço do greening, doença que derruba as frutas antes do tempo e que também pode deformar a laranja, provocou o lançamento de um programa de combate à doença por parte do governo paulista.

Tentando amenizar a crise do setor, o governo federal prorrogou a dívida dos citricultores e a linha de crédito para estocagem da fruta. Também colocou à disposição daqueles que vendiam para a indústria uma linha de Prêmio de Escoamento da Produção (Pepro).

Mesmo com todas as medidas adotadas, o ano fecha com uma das maiores crises da história da citricultura brasileira. Para 2013 a perspectiva não é das melhores.

— Nós não podemos fazer muita coisa. Nós temos que contar com o governo. Precisamos falar com o governo do risco da próxima safra ser pior que essa — comenta Viegas.

— A crise é estrutural. De um ano para o outro, infelizmente, a situação não tem melhorado. O que poderia melhorar é que a safra deveria ser menor do que tem sido. O ano que vem vai ser um ano difícil — projeta Lohbauer.

Fonte: Canal Rural

Publicada: 26/12/2012


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