40,8 kg), Gerpson n?o consegue ganhar sequer o suficiente para pagar seus custos de produ??o. ?Tenho um contrato com a Coimbra de US$ 3,50 que, convertidos na moeda nacional equivale a R$ 6,30. No total, minhas laranjas me renderam R$ 38.619,00. Meus gastos com insumos, ?leo diesel, frete e colheita foram de R$ 31.657,33 e, em abril, precisei receber um adiantamento de R$ 9 mil para quitar d?vidas de 2006. Conclus?o: meus custos (R$ 31.657,33) + o adiantamento (R$ 9 mil) totalizam R$ 40.657,33, ou seja, tenho uma despesa de R$ 2.038,33 maior que minha receita, isto sem contar a deprecia??o do capital e outros custos mais?, informa Gerpson.

A perman?ncia na citricultura deve-se ao dinheiro que o produtor retira de outra atividade. ?Preciso tirar dinheiro da minha granja para cobrir os gastos da laranja. N?o sei at? quando irei ag?entar. Este ano j? vendi um trator para quitar parte das d?vidas com o banco?, lamenta Gerpson.

Se a ind?stria n?o promover reajustes, Gerpson n?o ter? como continuar na citricultura e se juntar? aos mais de 20 mil produtores que j? foram expulsos do setor. ?N?o quero ser obrigado a abandonar a laranja. Os pre?os da fruta no mercado s?o muito mais atraentes do que os da ind?stria por isso, nestas condi?es, s? me resta dar outros destinos para minha fruta?, finaliza Gerpson.